Eis aqui a prova da minha invisibilidade, da individualidade coletiva do mundo contemporâneo. No mundo virtual, assim como no mundo real, não sou ninguém, não somos ninguém, apenas alguém desinteressante do qual nada quero saber ou oferecer, somos apenas um a mais na multidão de desconhecidos egocêntricos.
Espere um pouco, apenas os desconhecidos são invisíveis? Não os amigos são também invisíveis, afinal só nos interessam quando nos é conveniente. Não?Então me diga, você nunca bufou quando aquele seu amigo carente chegou em casa sem avisar ou fez caretas e tirou o telefone do ouvido enquanto o coitado(a) falava de seus problemas, que para você de nada são importantes, apenas bobagens.
A postagem não está se referindo a algo hipotético,mas a experiência vivida por mim no dia de hoje. Vi como não sou, não somos, ninguém para os outros. Se minha vida dependesse de um telefonema eu estaria morto,pois aqueles que julguei tão importantes para mim simplesmente me ignoraram. Conclusão: fui sozinho a praia. Um lindo Domingo de sol, com muita gente e egocentrismo.
Por horas caminhei pelo calçadão, parava repentinamente e sentava no chão. A reação das pessoas? Desviar, claro. Durante o trajeto não foi me dado nenhum Bom dia, nenhum olá, todos estavam imersos em seus universos mp3lístico ignorando aos demais transeundes sem importância.
Pior do que a invisibilidade social é a familiar. Sinto falta de alguém para controlar, me dar limites. Essa fase já passou, e hoje constatei a quanto. Depois de horas sem dar notícias adentrei meu lar cruzei por meu pai na sala que assistia Tv, o cumprimentei e tive o silêncio de resposta. Quarente minutos depois, quando fui ao meu quarto cruzei novamente por meu pai que assustou-se ao me ver e perguntou por onde entrei que ele não viu...Comprovado: não sou ninguém, aliás, sou alguém: alguém desinteressante. Cujo post jamais será lido.